quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Desde aquela despedida

Desde aquela despedida, ela sabia que não mais o veria, ela sempre soube, desde o dia em que viu em seu olhar um brilho diferente, um brilho que não era para ela, o olhar de antigamente que ela tanto amou, havia se distanciado desde que tudo deixou de ser como antes, desde a primeira lágrima.
Ela sabia que não mais o teria, seus corpos esfriaram, buscaram repouso em lugares distantes, o colo não foi o refúgio, a fuga foi o amparo.
Nem toda grande história tem final feliz, sonhava com um mundo em que jamais fariam parte. Ela lutou como pode, parou no cansaço, quando viu seu quarto vazio, seu colo sem dono, desistiu de querer mudar...
Saiu em busca da felicidade, pois acreditou poder encontrá-la, sabia que sua tristeza não poderia vencer na sua história. Foi condenada, humilhada, espancada no seu íntimo por palavras de maldade, viajou por lugares escuros até chegar em um porto.
Encontrou lá, novo colo, refúgio, entendimento, amparo, parou de se maltratar, buscou a veracidade dos atos, não procurou mais o brilho nos olhos (Não acredita mais neles!) antes de qualquer coisa ela acredita na força do abraço que hoje a acolhe, que a ampara em suas fragilidades, hoje ela acredita na mão que a direciona e que enxuga suas lágrimas, na parceria que nasceu, na cumplicidade entre ela e seu novo amor.
O brilho que faltou naquela despedida deu lugar à amizade e saudade...
Seu peito lamenta informar que depois de tanto clamar, sem ninguém escutar, ele falou bem baixinho e encontrou abrigo em um coração que também já cansou de chorar.

Natasha Dias

Um comentário:

  1. um blog novo sempre faz bem. ;)

    a última frase parece uma música, ficou ótimo.

    um beijo!

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